5 de fevereiro de 2011

Unir-se aos estreitos

Um bom livro não busca simplesmente alcançar um prazer estético de afeição ou repulsa, mas provocar no leitor a busca de um estado onde por livre exercício da vontade força-o a ser, no instante da leitura, causa e efeito, trabalho e embriaguês. Aí, cada órgão do seu corpo estremece noutra frequência, caminhando rumo a direção de perceber a si próprio em condição de graça. Contrariamente a considerar isso mero alheamento, deve-se entender essa obsessão como a mais grave e devotada paixão pelo que existe, por aquilo que lhe é humano.

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