A claridade ofusca-me a face
Secai, prantos do mar, e reste, vácuo,Apenas um sonho reflui ouvido eternamente. E não há exemplo igual, pois não há outro em parte alguma. Caminha nu, frio como a treva que o esconde, esvaziado de homens e sorrisos, carregado no gesto presente, na espera presente. Mas ele percorre o espaço, tremente, em dois — o mundo e o fim do mundo: «Que se faça luz», mas é tudo em vão. À espera do dia, pergunta; e a noite o nega.
Apenas o murmúrio interminável.
..........— Dante Milano, « Elegia de Orfeu »
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