30 de novembro de 2010

«V Mlhách», de Leoš Janáček

Em razão das influências sofridas por Leos Janácek — que vão desde a entonação da fala humana à cadência dos ruídos do universo selvagem — podemos perceber o caráter e psicologia das suas composições. Sentimos, ao aproximarmo-nos dos seus pensamentos, que estamos diante de um temperamento dramático, de talento predominantemente lírico, tal como ocorre no ciclo «V Mlhách». Procedendo da mesma linhagem de Dvorák, Smetana e, mais tarde, Bartók, Janácek incorporou, por influências indiretas, reminiscências linguagem folclórica checa. Todavia, sua singularidade como compositor dá-se muito em razão da apreensão dos ritmos e modos da música coral nativa. O resultado dessas confluências não poderia ser outro que não a construção de melodias carregadas de singularidade — e por que não? — capazes de expandir os limites do discurso tonal.

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