16 de novembro de 2010

«Sonata para piano», de Luciano Berio

A fenomenologia da música moderna define-se não apenas pela busca de uma plenitude abstrata, mas também na propositura de formulações onde o labirinto harmônico é incapaz de controlar a multidirecionalidade do tecido musical. Sua estética constitui-se por múltiplos vetores. É obra aberta. Cada som decompõe-se noutros sons que, contextualizados, expressam novas intenções e significados. Porém, essas significações não são apenas diferentes do som anterior, mas dele desvinculadas. Surge, então, a necessidade de perceber como essa nova organização sintática se articula e como ela (re)organiza o discurso musical. Na música moderna aquilo que silencia é a face da necessidade.

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