25 de novembro de 2010

«Noturno op.37» Nº. 1, Frederic Chopin

Talvez, quando nada mais houver para ser dito, restará apenas o lembrar das horas que nos verões se desmancharam. Longe de tudo, no horizonte monótono de cinzas a cair, ver-se-á talvez o abano das mãos, e pássaros que por vergonha silenciarão. E no futuro pelo qual as coisas nascem — despertas entre os muros que nos campos se constrangem — cantaremos, humanamente, o refrão de um passado subterrâneo, restando-nos o céu sem luz e uma certeza sem cor. Haverá somente a noite, a negação, sonegando-nos a nascença de um sonho já inerte.

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