24 de novembro de 2010

Francis Bacon, «Triptych», 1973



Porque o brilho de imagens assim, contido e agudo, revela-me o que por necessidade ponho a viver. E que dessas faces chegue ao menos a brisa do encantamento, novas terras, novos sóis. Quantas lembranças acanham-me os signos, minúsculos, indo do caos ao caos. Quedo-me frente a mundo, adormecido. Vivo, porém, ao ler brevemente um poema nesta luz pesada que saboreia-me na ardência dos dias e vomita-me sobre as intermitências da noite.

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