«Concerto nº 20 para piano e orquestra em ré menor, K. 466», de Mozart
Na extensa obra de Mozart encontramos vinte e cinco composições para piano solo e orquestra. Somam-se, ainda, um concerto para dois pianos e outro para três. A maior parte dessas composições é datada de quando Mozart ainda era um menino, e mostram-no a ensaiar possíveis encontros entre o cravo e os demais instrumentos orquestrais. São obras identificadas por um tatear notadamente virtuoso. Já os concertos de maturidade são aqueles que até hoje compõem o cânone do gênero. São obras limite, capazes de demonstrar a solução de problemas musicais até então de inacreditável complexidade.
Fazem parte desse fértil período K. 466, 467, 482, 482, 488, 491 e 503. O concerto que aqui publicamos é o «Concerto nº 20 para piano e orquestra em ré menor, K. 466». Sua data de término foi 10 de fevereiro de 1785. Ele se divide em três movimentos: Allegro (constituído por seis episódios: Prelúdio, Exposição, Ritornello, Desenvolvimento, Recapitulação e Ritornello), Romanza — Allegro e Rondós — Allegro assai.
No primeiro movimento observamos o contraste entre cordas e piano. A orquestra, de imediato, apresenta ao ouvinte vários motivos, um dos quais será cativo, retornando como fio condutor. O segundo movimento é de constante agito e variações temáticas. É turbulento por natureza, como se expusesse o porvir cuidadoso entre a transição do primeiro motivo com o terceiro movimento. Finalmente, o terceiro movimento, que é um dos mais elaborados Rondós de Mozart.
Ele estrutura-se sobre quatro ideias básicas: a primeira é exposta rapidamente pelo piano, que cede lugar à retomada orquestral, expressando-o através das cordas; a segunda ideia surge novamente com o piano. Todavia, ele o faz com base em novo tema, menos rápido e caótico que o primeiro, desembocando em uma nova melodia, dessa vez em fá menor. A quarta ideia é inacreditável: em ré menor, inaugurando novo tema, vários instrumentos alteram a tensão até então presente no concerto. Tudo o que até então aparentava estabilidade é desfeito. Como sempre, e com golpe de mestre, Mozart surpreende-nos com invulgar evolução de todo o acompanhamento.
PS: Para maiores informações (infinitamente maiores!) sobre esse concerto, conferir esse arquivo.
Fazem parte desse fértil período K. 466, 467, 482, 482, 488, 491 e 503. O concerto que aqui publicamos é o «Concerto nº 20 para piano e orquestra em ré menor, K. 466». Sua data de término foi 10 de fevereiro de 1785. Ele se divide em três movimentos: Allegro (constituído por seis episódios: Prelúdio, Exposição, Ritornello, Desenvolvimento, Recapitulação e Ritornello), Romanza — Allegro e Rondós — Allegro assai.
No primeiro movimento observamos o contraste entre cordas e piano. A orquestra, de imediato, apresenta ao ouvinte vários motivos, um dos quais será cativo, retornando como fio condutor. O segundo movimento é de constante agito e variações temáticas. É turbulento por natureza, como se expusesse o porvir cuidadoso entre a transição do primeiro motivo com o terceiro movimento. Finalmente, o terceiro movimento, que é um dos mais elaborados Rondós de Mozart.
Ele estrutura-se sobre quatro ideias básicas: a primeira é exposta rapidamente pelo piano, que cede lugar à retomada orquestral, expressando-o através das cordas; a segunda ideia surge novamente com o piano. Todavia, ele o faz com base em novo tema, menos rápido e caótico que o primeiro, desembocando em uma nova melodia, dessa vez em fá menor. A quarta ideia é inacreditável: em ré menor, inaugurando novo tema, vários instrumentos alteram a tensão até então presente no concerto. Tudo o que até então aparentava estabilidade é desfeito. Como sempre, e com golpe de mestre, Mozart surpreende-nos com invulgar evolução de todo o acompanhamento.
PS: Para maiores informações (infinitamente maiores!) sobre esse concerto, conferir esse arquivo.
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