25 de outubro de 2010

«Sinfonia nº 8», de Anton Bruckner

A parte mais importante da obra de Anton Brukner, que são as suas nove sinfonias, data de quando o compositor já alcançou a maturidade, nos idos de 1864. Nesse conjunto incluem-se, ainda, duas sinfonias sem nome: «Sinfonia em fá menor» (1863) e «Sinfonia nº. 0 em fá menor» (1868). Dentro desse sistema é possível identificar três fases: na fase primeira encontramos as sinfonias compostas no ínterim de produção das missas em ré menor, em mi menor e em fá menor; a segunda fase engloba as sinfonias nº. 4 em mi maior (1874), denominada Romântica, a nº 5 em si bemol maior (1879 - 1881), com sua famosa fuga, e nº. 6 em lá maior (1879 - 1881); na terceira fase temos as sinfonias nº. 7 em mi maior (1881 - 1883), a nº. 8 em dó maior (1884 - 1890) e a nº. 9 em ré menor (1887 - 1896).

Essas três últimas sinfonias distanciam-se do segundo grupo pela elevação espiritual — valho-me da expressão de Jean e Brigitte Massin — e vastas dimensões estéticas, como, por exemplo, os variados e imponentes scherzos. A Sinfonia nº. 8, que aqui publicamos a primeira parte do Ato I e o trecho final do Ato IV (o primeiro com a regência de Herbert Karajan e o último com regência de Sergiu Celebidache), foi deixada inacabada.



Dela há duas versões: a de 1885 e a de 1887. Como outras das sinfonias de Bruckner, a Nº. 8 possui diversas versões. Todavia, a variante considerada canônica é a editada por Robert Haas. Nela podemos notar o finale singular, inacabado, com seu anti-clímax característico: interrompido.

0 Comentários:

Postar um comentário

Assinar Postar comentários [Atom]

<< Página inicial