O bom e mau universais
Não há qualquer ato mau em si mesmo. O único ato considerado universalmente mau é o ato de desobediência. A discórdia, a rebelião, a queda, somente existem quando considerados dentro de um sistema que lhes dê correspondência. Para um ato digno há outro carregado de reprovação. A hegemonia do pensamento, a imposição de uma natureza imutável às circunstâncias, traz em si o fundamento mais substancial da nossa ética: bom é tudo aquilo que mantém a ordem, o status. Mal tudo aquilo que perverte as normas.
Nesse espectro a rebeldia converte-se em elemento de desagregação. Por outro lado, a aceitação ao existente, o obscurantismo e paz, são bons por reproduzirem e afirmarem a coerção e poder dominante: a dissidência, antes de ser causa de progresso, é motivo de fratura ao simbolismo utilizado por aqueles que do Poder mantém seus privilégios. Bom, afinal, é tudo o que silencia.
Nesse espectro a rebeldia converte-se em elemento de desagregação. Por outro lado, a aceitação ao existente, o obscurantismo e paz, são bons por reproduzirem e afirmarem a coerção e poder dominante: a dissidência, antes de ser causa de progresso, é motivo de fratura ao simbolismo utilizado por aqueles que do Poder mantém seus privilégios. Bom, afinal, é tudo o que silencia.
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