24 de outubro de 2010

«Devolve-me os laços»

Estamos sempre a falar sobre livros que nos esperam acolá, superiores numa reclusão compreensível. Carregados de uma fleuma intensa que não se suspende pelas causas de nossas fadigas — tão banais, tão poucas —, cada volume lido e recostado a outro a ele se une, assumindo outra identidade, outra genealogia. Mesmo assim tudo continua a brilhar como se único fosse — o ferro da janela, as molduras nas paredes e as lombadas enfileiradas, uma a uma, como condenados à espera do último fumo, do último tombo.

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