24 de outubro de 2010

Cui bono?

O dogma, como consequência incontornável das doutrinas que se asseguram como sistema, prova ser necessário como requisito à sua existência a intervenção cada vez maior do espírito de gênio, cuja existência, por si só, é corretora dos defeitos que eventualmente da sua doutrina se manifestam. Não há questionar-se tais espécies de ideologias. Das indagações que dali emergem podem ser elas solucionadas pela expressão «cui bono». A quem elas servem?

Ao tratar de tal imperativo assentados nessa orientação, tendo em vista que todas elas aspiram ao controle, veremos que não existem apenas senhores e escravos no mundo dos homens. Há súditos também, que, se não estão plenamente destituídos de sua própria vontade, não a possuem em gozo pleno. Toda tutela – de ordem moral, espiritual ou material – é, em maior ou menor grau, decorrência da dominação consentida. A essa antiga hemiplegia da liberdade significamos com o pomposo nome de «respeito aos mais velhos».

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